segunda-feira, 27 de abril de 2015

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domingo, 27 de abril de 2014

Restauração tela de Carlos Chambelland




A tela estava muito deteriorada, apresentando vários rasgos, perdas de tecido e repintura generalizada.






Detalhe da repintura em cores fortes.





Verso da tela antes da restauração.







Durante a restauração: remoção da repintura, descoberta das cores originais em tons suaves e dourado.










Os rasgos foram suturados, nas partes faltantes (perdas de pedaços da tela) foram feitos enxertos. Após esta etapa , o quadro foi reentelado e as áreas de enxerto, perdas de camada pictórica foram emassadas.Podemos ver as áreas emassadas, já com algum retoque (reintegração pictórica).




Verso da tela após o restauro, com reentelamento.






Biografia

Carlos Chambelland (Rio de Janeiro RJ 1884 - idem 1950). Pintor, decorador, professor de pintura e desenho. Freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro, entre 1901 e 1907, e estuda com Zeferino da Costa (1840 - 1915) e Rodolfo Amoedo (1857 - 1941). Com o prêmio de viagem ao exterior, viaja para Paris, onde freqüenta em 1908 o ateliê do pintor Pierre Puvis de Chavannes (1824 - 1898). De volta ao Brasil, em meados de 1910, cursa gravura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. No ano seguinte, é incumbido pelo governo brasileiro da decoração do Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de Turim, na Itália, com Rodolfo Chambelland (1879 - 1967), João Timótheo da Costa (1879 - 1930) e Arthur Timótheo da Costa (1882 - 1922), entre outros. Em 1912, viaja para Pernambuco, onde permanece por três anos e realiza trabalhos de decoração. Nesse período, estuda os aspectos e costumes locais, que servem de tema para a produção de várias pinturas. Faz a decoração do Pavilhão de Festas da Exposição do Primeiro Centenário da Independência do Brasil, em 1922, no Rio de Janeiro. Na década de 1930, ilustra o livro do escritor e historiador Luiz Edmundo (1878 - 1961), O Rio de Janeiro no Tempo dos Vice-Reis. É professor da Enba de 1946 a 1950.

Comentário Crítico
O pintor Carlos Chambelland estuda pintura com Henrique Bernardelli (1858 - 1936), Zeferino da Costa (1840 - 1915) e Rodolfo Amoedo (1857 - 1941) na Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Em 1907, obtém o prêmio de viagem ao exterior da 14ª Exposição Geral de Belas Artes, com a tela Final de Jogo, representando uma violenta briga de personagens populares em um bar. O artista viaja para Paris, onde conhece a obra de Pierre Puvis de Chavannes (1824 - 1898). Em 1911, participa do programa de decoração do pavilhão destinado ao Brasil na Exposição de Turim.

Retorna ao Brasil no ano seguinte e viaja para Pernambuco, onde permanece por três anos, incumbido da execução de alguns trabalhos de decoração. Dedica-se ainda a estudar os aspectos e costumes locais, que servem de tema para a realização de uma série de pinturas como Volta do eito (s.d.), Velho Bangüê (s.d), Tipo de Beleza do Sertão (s.d) ou Descanso (s.d.). O nordeste do país, segundo o próprio artista, despertado seu interesse por manter intacta a cultura tipicamente regional, diferenciando-se assim do cosmopolitismo que caracteriza as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

Chambelland é considerado um hábil retratista, vivacidade e expressividade dada às figuras, como nos retratos de Mme Ruth Silveira (s.d.) ou de Arthur Timóteo da Costa (s.d.). O artista realiza ainda diversos auto-retratos e dedica-se também à pintura do nu feminino, que se destaca pelo tratamento sensual e pelo uso da luminosidade, de maneira a acentuar as formas, como em Nu (1927) e Repouso do Modelo (s.d.).



Fonte: http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_bio

domingo, 23 de junho de 2013

RESTAURAÇÃO DE RETRATO DO MARECHAL DE EXÉRCITO MANOEL ANTONIO DA FONSECA COSTA 
(MARQUÊS DA GÁVEA)

ÓLEO SOBRE TELA

DATA: 1870

AUTOR: JOAQUIM DA ROCHA FRAGOSO

DIMENSÕES: 265 CM X 175,5 CM



Estado

O verniz da tela estava oxidado, causando um amarelecimento. Houve uma tentativa de remoção do verniz, porém algumas áreas ainda apresentavam resquícios do material. A tela continha várias mossas, ou seja, protuberâncias, ficando com a superfície muito irregular. Algumas áreas também estavam craqueladas. A obra já foi reentelada anteriormente com cera, o que causou o endurecimento da superfície da tela. Observamos que a tela estava com marcas, tanto no sentido horizontal como vertical, causadas pelos chassis inadequados. Existiam também áreas onde havia perda da camada pictórica, com grandes áreas de repintura com tinta a óleo e retoques por toda a extensão da obra. Também apresentava muitos rasgos de grandes dimensões e vários enxertos. A moldura de madeira maciça (sucupira boleada a máquina) se encontrava revestida de verniz quase preto, muito deteriorado, com lascados, amassados e outros danos menores.

Tratamento

a. Tela

- Higienização mecânica, frente e verso;
- Limpeza química para remoção do verniz oxidado;
- Remoção do antigo reentelamento;
- Remoção da cera aglutinante;
- Sutura dos rasgos;
- Feitura de novos enxertos;
- Novo reentelamento utilizando Remay, tecido e adesivo;
- Confecção de novo chassis em cedro com cruzamento de traves afastado da tela, sem possibilidade de marcá-la;
- Recolocação da tela no novo chassis com material inoxidável;
- Remoção de retoques, emassamentos e pátinas com limpeza de toda a superfície;
- Refixação da pintura original com reentelamennto, emassamento das partes faltantes e renivelamento da tela o melhor possível;
- Aplicação de verniz de preparação para ser executada a reintegração cromática da pintura.
- Reintegração cromática;
- Aplicação de verniz.

b. Moldura de madeira

- Retirada do verniz, com lixamento e restauração dos danos;
- Reenvernizamento 
- Colocação da tela na moldura por meio de escápulas giratórias, dos pítons em ferro e neles de cabo de aço dotado com dois estranguladores em cada extremidade (reguláveis).











































  

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